quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

A DOENÇA DE PARKINSON e o ACESSO À ATIVIDADE FÍSICA DURANTE A PANDEMIA




PROTEGER O PORTADOR DA DOENÇA DE PARKINSON INCLUI, NECESSARIAMENTE, GARANTIR-LHE ACESSO À REALIZAÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA / FISIOTERAPIA.

-- Durante toda a pandemia, corretamente, os formuladores de protocolos de biossegurança têm cercado os idosos / grupos de risco de recomendações e zelosos cuidados.
-- No entanto, somente propor ou recomendar o isolamento social, em nosso caso como portadores da DP, é insuficiente.
-- Ao gestor público da saúde tem escapado a importância crucial que representa o movimento, a prática de atividade física regular ao parkinsoniano.
Ao parkinsoniano é fundamental permanecer se exercitando. Cada doença crônica tem a sua dinâmica própria, seu processo gradual de expansão. No nosso caso de Parkinson a medicação é apenas uma parte do tratamento que exige a movimentação, a prática permanente de atividade física.
Cabe às autoridades fazerem a análise de risco e encontrar os meios adequados à manutenção da qualidade de vida dos portadores da DP.
O parkinsoniano ainda é um ilustre desconhecido das autoridades e da maioria das instituições. Somos desconhecidos até da imprensa, cuja pauta é voltada para os fatos de grande impacto social e, durante a pandemia, lógico, todo foco se concentra no coronavírus e suas brutais consequências.
Aproveito este momento para conclamar a Defensoria Pública e ao Ministério Público para que, em procedimentos próprios, façam chegar ao Poder Executivo -- em seus três níveis -- Federal, Estadual e Municipal, a imprescindibilidade de direcionarem esforços que garantam aos parkinsonianos as condições para que continuem se exercitando.
Precisamos encontrar uma solução consensual.
Só para exemplificar: o Tribunal Superior Eleitoral priorizou uma faixa de horário preferencial para os idosos.
Por que não estabelecer algo semelhante nas academias e estúdios de fisioterapia?
-- Volto a destacar que nós, portadores da DP, ainda somos "invisíveis" aos governantes. Proteger os parkinsonianos é garantir o exercício físico/movimento diário. Sou pela obediência aos protocolos de biossegurança, porém, assegurando-se ao parkinsoniano -- em domicílio ou fora dele -- a prática diária de exercício físico, fator essencial à sua qualidade de vida.
Um abraço a todos, cuidadores, familiares e todos os profissionais e especialistas que nos abençoam com seus cuidados e serviços.

Luz do Mundo, Sol da Justiça

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