sábado, 22 de agosto de 2020

SALMO 80: CLAMANDO POR RESTAURAÇÃO

 SALMO 80: CLAMANDO POR RESTAURAÇÃO

 – Pr Elias Vieira -- 

Hoje, minha reflexão é sobre o Salmo 80 que começa invocando o “Pastor de Israel”. Na condição de ovelhas dispersas, incapazes de encontrar o caminho de volta pra casa, o orante clama: “Restaura-nos, ó Deus” (vv. 3, 7, 19). Vejo aqui o delicado ministério do glorioso Espírito Santo, dia e noite atuando para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo.

Cada vez que peco, desvio. E a cada desvio, uma obra de restauração é acionada como parte do cuidado amoroso de nosso Bom Pastor (Salmo 23:3).

1-3 Escuta-nos, Pastor de Israel, tu, que conduzes a José como a um rebanho; tu, que tens o teu trono sobre os querubins, manifesta o teu esplendor diante de Efraim, Benjamim e Manassés. Desperta o teu poder, e vem salvar-nos!

Descreve uma crise muito grave, e, ao mesmo tempo relembra a felicidade no passado.

“Mostra o teu esplendor”. Ficar sem o “resplendor divino” é perder totalmente a referência da presença de Deus que nos direciona e ilumina o caminho. Isso explica o tom exasperado do clamor.

Parei para imaginar este quadro e vi como é terrível a sensação quando a consciência desperta para as dimensões da perda de uma posição privilegiada. Quando a fatura do pecado chegou o autor deste salmo fez uma comparação: Efraim, Benjamim, e Manassés foram as tribos cujas bandeiras/batalhões seguiam imediatamente atrás da Arca que era uma figura de Cristo (Números 10:22-24). Que honra! Que privilégio!

Quando nos distanciamos de Deus seguindo nossas próprias escolhas, perdemos a nossa posição estratégica e privilegiada (Efésios 1:18 a 21). E, quando nos damos conta dessa perda a dor que sentimos é proporcional ao prejuízo espiritual, ministerial, emocional e psicológico. É algo tão chocante que jamais deveríamos permitir que acontecesse. (Lamentações 5.1)

Implorando por uma nova chance. Nem tudo está perdido.

4- Restaura-nos, ó Deus! Faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.

A partir do verso 12 em diante, os fiéis ficam abismados: por que Deus entregou à pilhagem e ao fogo a vinha, ou seja, Israel, que Ele trouxe do Egito e plantou com tanto carinho?

O Senhor responde a essa pergunta, em Isaías 5:4, com outra pergunta: “Que mais se podia fazer ainda à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? E como, esperando eu que desse uvas boas veio a produzir uvas bravas?”.

Ainda bem que, ao contrário da videira infrutífera em que Israel se tornou, o bom Agricultor nos transformou em ramos da Videira verdadeira, plantados pelo Senhor para Sua glória (Salmo 92:13; Isaías 60:21).


16 - Toma conta desta videira, da raiz que a tua mão direita plantou, do filho que para ti fizeste crescer!

17 - Tua videira foi derrubada; como lixo, foi consumida pelo fogo. Pela tua repreensão perece o teu povo!

Que fique bem claro: Deus não tem compromisso com o erro.

18 - Repouse a tua mão sobre aquele que puseste à tua mão direita, o filho do homem que para ti fizeste crescer.
19 - Então não nos desviaremos de ti; vivifica-nos, e invocaremos o teu nome.

Ao invés de cânticos de louvor pela vitória alcançada, prometem fidelidade e perseverança.

20 - Restaura-nos, ó Senhor, Deus dos Exércitos; faze resplandecer sobre nós o teu rosto, para que sejamos salvos.

Assim como os utensílios de prata exigem cuidado permanente para que estejam brilhando ao serem usados, também a vida do cristão exige um constante e obsessivo polimento para que a glória do Senhor não seja ofuscada.

Com que intensidade temos buscado refletir o resplendor da glória do Eterno em nossa vida? 

Luz do Mundo, Sol da Justiça

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